terça-feira, 2 de junho de 2009

Solar do Unhão

Foto: crédito Mário Cravo Neto


O Solar do Unhão foi construído no séc. XVII, em sítio histórico, terras de Gabriel Soares, doadas por testamentos aos Beneditinos no séc. XVI.


No séc. XVII, 1690, residia o Desembargador Pedro de Unhão Castelo Branco. No início do séc. XVIII o Solar foi vendido a José Pires de Carvalho e Albuquerque, que estabeleceu morgado (propriedade que não pode ser vendida, é herdada pelo primogênito).


Por volta de 1740, surgem as primeiras notícias sobre a construção da Capela do Solar. No mesmo século, a casa recebeu feições mais requintadas, teriam sido colocados: o Chafariz, os painéis de azulejo portugueses no passadiço, que ainda hoje dá acesso ao pavimento nobre do casarão. A Capela é reedificada e consagrada à Nossa Senhora da Conceição. Após esse período áureo, fazenda do Unhão, passa a ser conhecida, ao final do mesmo século, como Solar do Unhão.



No início do séc. XIX, o Solar foi arrendado, iniciando daí um processo crescente de degradação do conjunto, com a instalação sucessiva de fábricas – rapé, que funcionou até 1926. Ao final da década de 40, derivado de cacau; manufaturas diversas, oficinas, sua transformação em trapiche, depósitos de combustíveis e mais tarde, durante a 2ª Guerra Mundial, em quartel para os fuzileiros navais.


O Solar foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1943, sendo depois adquirido e restaurado pelo Governo do Estado da Bahia no início da década de 60, com projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi, para instalar o Museu de Arte e Tradições Populares. A partir de 1966 passa a sediar o Museu de Arte Moderna da Bahia, que já vinha movimentando a cultura baiana desde a sua inauguração em 1960 no Foyer do Teatro Castro Alves.

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